Pessoas que dormem pior – têm apneia do sono e passam menos tempo em sono profundo – apresentam maior probabilidade de ter biomarcadores cerebrais associados a um risco aumentado de derrame, doença de #Alzheimer e declínio cognitivo, de acordo com uma pesquisa publicada na revista Neurology, em 10 de maio.
O #estudo não prova que esses distúrbios do sono causam as alterações no cérebro, ou vice-versa, mas mostra que há associação.
Liderada pelo neurologista Diego Carvalho, da Mayo Clinic, a pesquisa buscou encontrar relações entre a qualidade do sono e biomarcadores da saúde da substância branca do cérebro. Os biomarcadores indicam o quão preservada está a substância branca do cérebro, que tem como função permitir a conexão entre os neurônios e as diversas regiões cerebrais.
Um dos biomarcadores analisados na pesquisa foram as “hiperintensidades da substância branca”, pequenas lesões visíveis em exames. Essas lesões se tornam mais comuns com a idade ou com a hipertensão arterial descontrolada.
Outro biomarcador avaliado pelos cientistas mede a integridade dos axônios, fibras que conectam as células nervosas. “Esses biomarcadores são sinais sensíveis de doença cerebrovascular precoce”, disse Carvalho.